Perfil

Trazer imagens do inconsciente para consciência sempre foi a minha brincadeira predileta desde criança, quando percebi que isso fazia parte de uma ciência, da psicologia, e principalmente da junguiana, entendi finalmente minha vocação.  O caminho de trabalhar as imagens como processo do desenvolvimento da consciência, foi a melhor revelação que a vida me trouxe. Sempre tive a imagem como uma aliada e companheira nos muitos caminhos já percorridos, mas  agora faço dela, assim como também da linguagem corporal, guias para o entendimento do ser.

Estudei artes, design e onde trabalhei por 20 anos. Essa experiencia foi muito rica e aproveito os ensinamentos que ela me trouxe sempre. 

Perto dos 40 anos, vi que com a imagem eu podia ir também em mundos desconhecidos, dentro de nós mesmos. Me apaixonei por isso, virei o leme e direcionei meu barquinho às aguas Junguianas.

Assim entrei na formação de Arteterapia em 2007 na Universidade Paulista e fiz ainda em São Paulo o curso SBPA (Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica). Em 2015 conclui o Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com a pesquisa: A Alquimia das Imagens Simbólicas do Livro Vermelho. – Analise iconológica e iconográfica das iluminuras de C.G.JUNG. Este estudo ampliou em muito meu olhar analítico ao processo simbólico imagético, o que me atende muito em clinica.

Tenho consultório próprio desde 2009,  e abri o espaço ANIMA MEA, destinado a terapias e cursos de aprimoramento, visando a integralidade do ser. Procuramos assistir o indivíduo em sua essência, colaborando assim para o desenvolvimento da personalidade e consequentemente no seu lugar no mundo.

A Orientação Jungiana

Jung nos trouxe um caminho mais perto da alma humana para a psicologia tratar o ser de forma mais próxima do que sua origem sugere. Assumir o Self como o centro da psique é mais assertivo, pois a ilusão que o complexo do ego nos traz  é achar que tudo se dá a partir dele, no entanto Jung através das suas diversas pesquisas à inúmeras civilizações, à diversas religiões, à filosofias estoicas e ao seu próprio mergulho nos lençois freáticos da humanidade com o processo do O Livro Vermelho, nos revela que nós somos bem mais do que aprendemos ser. Sendo assim o trabalho psicoterapêutico junguiano translada por essa grandeza e profundidades, por nossa consciência, e por nossos inconscientes, tanto pessoal como coletivo. Desta forma aprendemos a conhecer, aos poucos os diversos aspectos que nossa personalidade tem, como a nossa luz e sombra e  assim o desconhecido que nos habita.

A imagem ganha destaque como agente do processo psicoterapêutico junguiano, uma vez que Jung entende que por ela, o símbolo pode ser melhor observado. Tanto o caminho onírico como a imaginação ativa, que assumem a imagem como referência, facilitam no entendimento do símbolo, como uma ferramenta de auto conhecimento. Podemos assim, entender melhor nossa linguagem pessoal, e por onde o ego deve se realizar. Os sonhos se tornam por assim dizer, um oráculo. Jung nos diz que os sonhos são as cartas do Self para o ego. Realizarmos em termos junguianos, significa “acontecermos” como devemos ser, de acordo com o que o Self, nossa origem, nos exige. 

Mas não basta somente sabermos da nossa história, devemos trabalha-la imageticamente, para que esses canais sejam abertos e as pontes entre a consciência e o inconsciente trafegada. Isso nos confere equilíbrio psíquico. A Arteterapia vem para nos auxiliar nesta tarefa, por um processo lúdico facilitar à transformação no ser.